Vamos rir da arte

O sucesso do canal Porta dos Fundos é inquestionável. Olhando ao acaso encontrei estes vídeos abaixo, que embora sejam extremamente sarcásticos, podemos tirar boas reflexões deles.

No primeiro vídeo, intitulado Arte Moderna (na verdade deveria se chamar Arte Conceitual) nos leva a refletir os limites da arte. Até onde podemos ir como artistas, quais são os limites, se é que há limites. E se for o caso, a própria ausência de limites não poderia acarretar a aniquilação da arte? Pois sem um paradigma não há nem mesmo o que se contrariar, não é? 
Pois bem, voltando ao assunto, ainda neste vídeo podemos ver o posicionamento da “compradora” em adquirir a “peça” para fins decorativos. Tudo o que esse tipo de trabalho não é é decorativo, ora bolas. Também este vídeo me lembra a “obra” de Habacuc (Guillermo Vargas) que gerou uma polêmica ao deixar um cão atado em uma galeria até morrer de inanição. Esta exposição foi em 2008 na Nicarágua. Acredito que segundo minha timeline do facebook, as pessoas aceitariam muito mais facilmente a morte de um anão que a de um cachorro numa suposta “obra de arte”
O outro vídeo faz uma brincadeira com o grande Michelangelo. O Papa chama o artista para dar uma “de mão” no teto da capela, para tapar as manchas de mofo. E pergunta ao artista surpreso com o trabalho: Você não é pintor? Caramba, isso é terrível, ainda mais quando vem de alguém supostamente de alta cultura. 
Uma vez tive uma experiência similar enquanto fazia minha graduação: um veterano de outro curso que não lembro qual, acho que era de física ou algo assim, me interrogou sobre qual curso eu fazia, então simplesmente respondi que era de Pintura. Ele com ingenuidade replicou: Então com esse curso você pode trabalhar com pintura de casas, carros, lojas de tintas, é isso? Na hora não lembro o que respondi frente a tal ignorância, deu pra sentir que alguém assim não sabe o que é um museu, galeria de arte, ou qualquer outra ação humana que não esteja submissa mecanicismo e alienação cultural. É triste mas é muito comum, infelizmente. 
Bem, chega de conversa e vamos aos vídeos, porque é melhor rir que chorar.

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