Palestra na Escola Adventista de Santo Ângelo

Nos alimentamos apenas para cumprir uma necessidade fisiológica, mas não saboreamos. Caminhamos para enrijecer os músculos e afinar a cintura, mas não para interagir com o meio. Trabalhamos horas incansáveis para conquistar bens materiais, mas os valores imateriais são esquecidos e desprezados.

A passos largos o ser humano moderno caminha para seu embrutecimento. Desde os primeiros passos regras e mais regras, muitas sem qualquer proposito, enclausuram nossa capacidade de perceber o mundo e o próximo, o que nos transforma cada vez mais em seres estritamente funcionais como parafusos descartáveis de uma grande máquina.
Não digo para não sermos racionais, mas para colocarmos os sentidos no mesmo nível. Afinal as primeiras percepções são dadas por nossos sentidos e a racionalização vem somente depois. Ao negar o estimulo do sensível, estamos nos bloqueando a novas descobertas e fadados a um mundo frio e egoísta.
Nesta terça feira, dia 16 de fevereiro de 2016 tive o prazer em compartilhar este meu pensamento junto aos professores da Escola Adventista de Santo Ângelo junto a uma experimentação lúdica. Falamos sobre como os grandes artistas estão sempre dispostos a se questionar e o quanto isso é importante para revolucionar sua própria vida e até mesmo a história da arte.  Esta disposição em buscar o novo vem somente em um ser livre e aberto ao mundo através de um espirito sensível construído ao longo de anos remando contra a maré. Ainda bem que a sensibilidade não é reservada apenas para artistas, mas é algo que todos nos podemos desenvolver, principalmente educadores que tem em suas mãos o desenvolvimento intelectual do futuro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *