Creed é um filme que com sucesso mantém o mesmo clima da saga Rocky, e o espirito de superação, presentes em todos os filmes. Não há como separar Creed da sequência, embora o protagonista seja o jovem filho de Apollo, personagem marcante nos primeiros 3 filmes, morto na luta contra Ivan Drago (Rocky IV), a personagem de Rocky é o que todos querem ver em cena.
O roteiro é muito bem elaborado Não é a toa que Stallone acolhe este filme em seu panteão para unir-se a seus antecessores, escritos, dirigidos e protagonizados por ele mesmo. O jovem roteirista e diretor de Creed, Ryan Coogler, nascido um ano após o lançamento de Rocky IV, parece ter feito o dever de casa, e entende tudo sobre o mito. As cenas da luta no ringue, são das melhores da saga. As alternâncias de velocidade e movimentos de câmera tornam o duelo intenso e cativante.
No filme anterior, Rocky Balboa, a capacidade do então campeão mundial é questionada durante o filme todo, e podemos perceber uma crítica aos lutadores da era pós Balboa. Em Creed o jovem diretor retoma dos primeiros filmes o alto apreço aos lutadores, mostrando um campeão muito bem preparado, forte e ágil. Outra pequena observação é sobre o jeitão apalermado de Rocky, que parece ressurgir em alguns momentos em Creed, diferentemente de quanto no filme Rocky Balboa, o sábio conselheiro sobrepõe-se ao lutador de raciocínio lento, porém prático.
Na história, Adonis Johnson Creed (Michael B Jordan) o fruto de um relacionamento extraconjugal de Apollo, é criado em orfanatos e resgatado pela viúva de seu pai. Desde cedo Adonis mantem o espirito de lutador, literalmente, assim pretende a todo custo conquistar o seu espaço sem ajuda de seu poderoso sobrenome, mas não consegue ocultá-lo por muito tempo.
Tudo ocorre em uma cidade que se transformou ao longo da saga. Rocky está mais velho e debilitado. Enquanto treina seu novo pupilo, Adonis, para provar que não é um falso Creed, segundo as provocações do então campeão mundial, Rocky encontra forças para vencer mais uma batalha dura em sua vida.
Por: Marco Baptista