Andy e a sopa

Um dia desses encontrei esta lata em um mercado aqui em Santo Ângelo, então pensei em como essa cultura atravessa as gerações e o que esse nome e embalagem representam para a arte mundial. Não consigo ver uma lata de sopa, vejo um ícone cultural e artistico. 

Claro que esta lata não surgiu dessa forma, com toda essa aura, ela aparece no mundo como um alimento prático, principalmente para soldados no front de batalha, mas é impressionante como alguém transformou uma simples lata de sopa em um simbolo do novo pensamento sobre o mundo da arte.
Andy Warhol, mais pop dos “Pops” foi um grande artista que usou de seus conhecimentos publicitários para transformar a concepção de arte. Para Warhol a arte era um produto a ser vendido, ele mesmo também era um produto.
Poderíamos até dizer que essas latas pintadas são um autorretrato do artista, não como estamos acostumados, no aspecto visual, mas em conceito, em ideia. Warhol e as sopas Campbel eram iguais, ambos eram inalcançáveis e continuam inesquecíveis.

Com suas inovações, tanto nas técnicas de pintura, que incluíam a serigrafia ao molde industrial, quanto no sistema da “Factory” (a fábrica de Warhol onde desenvolvia um meio de produção de obras de arte) Warhol se projetou como nenhum outro artista, e ainda usufrui de sua fama incomparável.

Segundo a Folha, Warhol foi o artista que mais arrecadou vendas em leiloes no ano de 2013, chegando aos R$876,76 milhões. Será que a internet logo conseguirá inventar outro Warhol? Pode ser que sim, mas quem sabe não seja mais necessário.

Estou na dúvida se abro ou não esta lata!

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